A importância do conforto na Arquitetura Corporativa
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A importância do conforto na Arquitetura Corporativa

Atualizado: 30 de nov. de 2021

Já se sentiu de mau humor no ambiente de trabalho e sua produtividade diminuindo com o passar da semana?


Para sermos justos, não podemos continuar culpando nossos colegas, clientes ou a segunda-feira por um dia difícil; às vezes é a cadeira em que estamos sentados, a iluminação fluorescente acima do nosso computador, ou o som constante de diversos ruídos perto de nossa mesa.



Além do fato de que as pessoas passam cerca de 70-80% do seu tempo em ambientes construídos, quase 9 horas do seu dia são gastas trabalhando; e estudos têm indicado que a qualidade ambiental de um escritório tem efeitos de curto e longo prazo sobre o conforto, a saúde e a produtividade das pessoas que o ocupam. Reunimos uma lista de fatores que se mostraram altamente influentes no conforto dos indivíduos nos locais de trabalho.


Conforto Térmico


O conforto térmico é talvez um dos parâmetros mais importantes e facilmente definidos do ambiente interno. Enquanto o corpo humano tenta manter uma temperatura média em torno de 37° C, o conforto térmico baseia-se na adaptação de cada indivíduo em relação a vários fatores, como localização geográfica, clima, época do ano, sexo, raça e idade. O conforto térmico é influenciado por seis fatores; quatro dos quais poderiam ser classificados como parâmetros ambientais: temperatura do ar, temperatura radiante média, umidade relativa do ar e velocidade do ar; e dois classificados como fatores pessoais: taxas metabólicas humanas e isolamento através de roupas.


Conforto Arquitetura Corporativa
Permitir a troca do ar naturalmente sem criar correntes incomodas

Conforto Acústico


O conforto acústico dos espaços interiores é a capacidade de proteger os ocupantes do ruído interno e externo (sons estridentes, ruído dos espaços adjacentes, ruído de equipamentos de escritório, som de instalações próximas...), e oferecer um ambiente acústico adequado para a função do local de trabalho; por exemplo, é natural esperar um ambiente barulhento em uma fábrica de aço, mas não o mesmo em uma agência de publicidade.


O layout do espaço também é significativo quando se trata de conforto acústico. À medida que os escritórios de ambientes abertos tendem a ser cada vez mais o padrão de mercado, questões de conforto acústico e privacidade também foram identificadas como influentes na produtividade do colaborador.

Podemos ressaltar 5 principais estratégias para melhoria do conforto acústico no ambiente:


  1. absorção de som usando elementos aéreos e no forro do ambiente;

  2. bloqueio de som usando painéis e divisórias no espaço de trabalho;

  3. layout com locais próprios para concentração;

  4. inclusão de Jardins Verticais e outras vegetações para quebra da onda sonora.

  5. uso de materiais que absorvam o som.

Conforto Acústico
Estratégias para o conforto acústico: atenção as geometrias, uso de vegetações e escolha de materiais.

Há também um impacto da geometria no conforto acústico; Se a área for quadrada, então o conforto acústico é maior; No entanto, quando se tem um espaço longo e estreito, como um corredor, então os espaços criam um tipo de efeito de boliche onde o som salta entre as duas paredes criando mais barulho para os ocupantes. É importante também estar atento ao uso do material de revestimento dos elementos, basicamente quanto mais dura for a superfície, menor é sua capacidade de absorver ruído.


Conforto Visual


Se o descrevermos brevemente, o conforto visual define as condições de iluminação, as vistas e as estéticas do local de trabalho. O projeto arquitetônico de um espaço tem impacto direto na iluminação do escritório, e este último tem impacto direto no bem-estar e produtividade dos colaboradores. Escritórios densamente colocados, bem como escritórios de espaço aberto provaram ter um efeito negativo no conforto visual de quem trabalha no local, juntamente com a geometria das janelas, fotometria das superfícies, quantidade de vidros, material reflexivo e móveis, etc...


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Valorizar vistas e a iluminação natural são fundamentais para o bem-estar

Qualidade do Ar Interior (IAQ)


Algumas estratégias tem sido fortemente implementadas em projetos de arquitetura corporativa para lidar com a Qualidade Interna do Ar (IAQ). A primeira é aumentar a taxa de ventilação, que por sua vez reduz o percentual de poluentes atmosféricos enquanto a segunda é reduzir a fonte de poluição dentro e ao redor do edifício.


Estudos recentes afirmam que o aumento da circulação de ar vindo do ambiente externo (em áreas não industriais) melhora a qualidade do ar e reduz a concentração de poluentes e VOCs. Pesquisas indicam que o desconforto no local de trabalho é 30 a 200% mais frequente em edifícios apenas mecanicamente ventilados. O uso da ventilação natural tem se mostrado mais benéfica, proporcionando uma economia considerável de energia dos sistemas de ar condicionado. No entanto, a ventilação natural também pode ser prejudicial em cidades onde a poluição do ar é relativamente alta. Nestes casos, explorar as vegetações naturais e um amplo projeto de paisagismo pode ser essencial para redução de CO2, VOCs e melhora da umidade do local.

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Vegetações reduzem poluentes do ar e melhoram a umidade relativa

Arquitetura Corporativa e Síndrome do Edifício Doente (SBS: Sick Building Syndrome)



O fechamento de aberturas naturais, o uso de materiais de construção que não são devidamente testados ou certificados, móveis, moldes, ácaros, alérgenos e equipamentos de escritório (impressora, computador pessoal, etc...) falta de plantas no escritório são todos fatores que contribuem para a Síndrome do Edifício Doente. Os usuários do espaço costumam ter irritação dos olhos, nariz e garganta, dor de cabeça, tosse, sensibilidade à luz, sofrimento gastrointestinal e outros sintomas semelhantes à gripe.

A SBS é uma somatória de problemas de saúde causados por fatores que muitas vezes são desconsiderados quando se trata de qualidade ambiental interior na Arquitetura Corporativa.

O custo total da SBS em um estudo do ASHRAE Journal dos EUA ainda em 2002 foi calculado em US$ 60 bilhões por ano causado pela redução da produtividade; isso corresponde a aproximadamente US$ 420 por trabalhador anualmente, o que equivale a aproximadamente 2 a 3 dias de trabalho perdidos de cada trabalhador por ano. Considerando que a etiologia da SBS não é apenas a má qualidade do ambiente interior, mas também outros fatores, incluindo fatores psicossociais, pessoais e de trabalho, estima-se que desses custos, podemos dizer que 20 a 50% podem ser atribuíveis a ambientes internos. Portanto, hoje é ainda mais essencial atenção as melhores estratégias possível que promovam o Conforto e bem-estar na arquitetura corporativa!





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