Biofilia gera experiência para consumidor e aumenta receita no varejo
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Biofilia gera experiência para consumidor e aumenta receita no varejo

Atualizado: 15 de out. de 2020

A natureza é parte da essência humana. É impossível dissociar a ideia do verde e do meio ambiente a homens e mulheres que vivem neste planeta. Afinal, é desta terra que colhemos o alimento que nutre nosso corpo e alma, e vem a água que limpa e purifica nosso ser.

Esses são apenas alguns exemplos que ilustram nossa íntima ligação com o verde.



Algumas pessoas percebem mais do que outras essa dependência humana da natureza. Mas o fato é que todos nós, sem exceção, precisamos desse contato mais próximo com o verde. É algo inerente aos seres humanos. Visite um parque e observe os efeitos que os sons dos animais, a vista de árvores e plantas, o contato com a água e ar mais puro causam em nós. É impressionante! Se você ainda não fez esse exercício, recomendo que faça. A natureza nos atinge tanto no aspecto físico quanto emocional. Para o bem, é claro.


O estilo de vida dos grandes centros urbanos, porém, nos afastou de alguma forma do contato com a natureza. Os espaços menores, a grande concentração de pessoas e o tom predominantemente cinza das cidades têm interferido na relação homem-meio ambiente. E foi a partir desse fenômeno que surgiu o conceito de arquitetura biofílica.


Nunca é demais lembrar: bio significa natureza e filia ser humano. Portanto, a biofilia tem o objetivo de trazer a natureza para o ambiente da arquitetura. A biofilia é um caminho sem volta, veio para ficar. Porque o ser humano precisa da natureza.


Biofilia: um novo olhar sobre a sustentabilidade


Trata-se de um novo modo de pensar a sustentabilidade. Por muitos anos, é bom que se diga, as empresas investiram pesado nessa ideia, seja como uma das vertentes de sua missão, e/ou como posicionamento de marketing diante do mercado. Só que não se pode falar em sustentabilidade, hoje em dia, sem levar em conta o bem-estar das pessoas e os lucros. Sim, porque as empresas saudáveis necessitam de estabilidade financeira. E não há nada de errado nessa visão.



É preciso entender como a sustentabilidade afeta as pessoas, sem se esquecer em como vai refletir em lucros. Essa é a nova tônica que tem permeado o mercado quando se fala de responsabilidade social e ambiental.


Bancos, restaurantes, hospitais, hotéis e escritórios têm investido na arquitetura biofílica. E o varejo? Tem, gradualmente, despertado para a essa nova realidade. Não à toa.


A compra é algo emocional, e está ligada à experiência do consumidor, que vai muito além do ato propriamente dito de comprar.

A jornada começa antes e termina muito depois do pagamento. E a arquitetura biofílica tem um papel importantíssimo nesse processo, porque mexe com a emoção do consumidor: antes, durante e até mesmo depois.


Quer um exemplo? 70% das datas notas dadas a restaurante passam obrigatoriamente por dois fatores: atendimento e ambiente. Ou seja, tem a ver com a experiência, não se limita ao produto em si. As pessoas compram o produto, mas valorizam demais toda a experiência que envolve o processo de aquisição. E a natureza, o verde e bem estar, é parte fundamental.

Adaptação, sensação e ciência


A grande vantagem da natureza no contexto da arquitetura é seu alto poder de adaptação. O verde pode ser aplicado em vários tipos de cenários. Vai bem em ambientes minimalistas e rústicos porque não se trata de uma cor quente ou fria. E não conflita com o visual da marca.


verde na biofilia
Verde é uma cor neutra no circulo cromático e está entre a paleta de cor quente e fria.

Além disso, o verde é o único elemento da arquitetura biofílica que trabalha os cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato. Mexe com o ser humano de forma integral. Logo, mostra-se uma ferramenta de marketing extraordinária.

A arquitetura biofílica está em franca expansão e vinculada ao conceito global de varejo, porque está alinhado à funcionalidade, à estética e ao orçamento dos empreendimentos. Um bom projeto, é bom lembrar, apresenta equilíbrio em três pontos: pessoas, sustentabilidade e lucro.


Está cada dia mais evidente que os ambientes cinzas e monocromáticos podem levar o consumidor ao tédio. E essa sensação em hipótese alguma combina com os centros de compras. Assim, a arquitetura biofílica pode exercer uma função preponderante, uma vez que a presença de elementos naturais no ambiente de compra inibe o tédio, e incentiva o cliente a gastar mais tempo e, consequentemente, mais dinheiro nos estabelecimentos. Aliás, quando bem selecionadas, as vegetações e suas representações diretas e indiretas, podem estimular o consumo dos clientes.


Empresas como Apple exploram a biofilia em seu conceito arquitetônico e geram conexão com seus consumidores e experiência singular em suas lojas.


O verde também tem a capacidade de proporcionar um momento de paz e tranquilidade aos consumidores, isto é, melhora o bem-estar individual e o ambiente social a sua volta. Os clientes percebem e valorizam a presença de vegetação. E, mais do que perceber, eles se identificam, se sentem bem e notam o clima restaurador presente no espaço. É terapêutico.

Em termos físicos, a biofilia diminui a pressão arterial e batimentos cardíacos, reduz a tensão muscular e níveis de hormônios do estresse. Além disso, melhora o foco mental, a criatividade e ajuda a lidar melhor com a resolução de problemas. As pessoas que transitam nesses ambientes biofílicos estão menos suscetíveis à depressão, ao estresse e à raiva.


Para além dos campo das sensações, publicações científicas estão analisando a influência da natureza nos ambientes varejistas. Um exemplo é o estudo “Uma dose de natureza e compras: O potencial restaurador dos projetos de centros de estilo de vida biofílicos”. O estudo traz uma análise da contribuição da biofilia dentro dos centros de compras no comportamento dos consumidores.


O material oferece algumas constatações interessantes. Entre elas, a que os consumidores sentem o potencial restaurador de um centro varejista com elementos naturais e percebem esse elementos, tais como vegetação e fontes, enquanto percorrem os espaços decorados com o verde.


Além disso, a pesquisa mostra que os consumidores têm maior probabilidade a pagar o preço cheio de um item ao sentir o potencial restaurador do ambiente (veja a pesquisa na integra aqui). Ou seja, a biofilia gera mais valor não apenas em sensações, como também interfere positivamente no consumo das pessoas. Ótima notícias, não é mesmo?




Redução de custos no paisagismo de centros comerciais


Existem dezenas de jardineiros ou paisagistas talentosos e competentes espalhados pelo Brasil. Isso é um fato. Mas, qual é o comprometimento desses profissionais quando o assunto envolvido é a redução de custos da empresa sem abrir mão da qualidade?

Convenhamos, nem todo profissional autônomo está disposto a refletir sobre as melhores práticas para o seu cliente ou mesmo questões de compliance. Por essa razão, vale a pena contratar um parceiro que tenha à disposição um time forte, dedicado, formado por arquitetos, botânicos, engenheiros agrônomos, paisagistas, floristas, técnicos em SSMA, designers entre outros profissionais.


Biofilia em centros comerciais
Estratégia verde explora sensações da biofilia direta, por meio de vegetações naturais, e indireta com vegetações sem manutenção para o empreendimento.

Porque um saudável projeto de paisagismo consiste em escolher bem o tipo de vegetação e colocá-la no lugar adequado. A isso chamamos gestão estratégica do verde, quando tudo está em seu devido lugar utilizando-se do mix de vegetações naturais, tecidos, musgos e arranjos, dentro do orçamento programado e com os resultados que se projetou. Para tanto, não se pode abrir mão da tecnologia associada a mão de obra qualificada. Esse é o caminho da tão esperada redução de custos promovida pela biofilia no varejo.


payback em paisagismo
Implantação de paisagismo de performance com foco em brand guideline e payback para lojistas e investidores

Outro ponto relevante que tem a ver com valor é que o verde também ajuda a valorizar as edificações ambientalmente responsáveis. É o que dizem estudos realizados pela Universidade de Harvard e pela Fundação Getúlio Vargas.

De acordo com as pesquisas, os edifícios LEED, ou seja, que contam a certificação do U.S. Green Building Council, importante programa mundial para o projeto, construção, manutenção e operação de edifícios verdes, possuem valor maior no aluguel em comparação com os não certificados. Os prédios verdes valem R$ 136,5 o metro quadrado, contra R$ 98,4 das edificações não certificadas. Além disso, vale citar a vacância, que fica, em média, 8% menor frente às construções sem o selo verde. Sim, o verde gera valor para empreendimentos comerciais!


Estudo de Caso: Biofilia em Centros Comerciais


Em um mercado onde orçamentos são quase ilimitados e extravagâncias fazem parte do gosto comum, pode ser difícil encontrar um diferencial competitivo, especialmente quando o empreendimento não tem área suficiente para ser considerado o maior da região. Em muitos casos, a aplicação da estratégia "quanto maior, melhor" não é viável. Veja no vídeo abaixo o Case do 360 Mall, um empreendimento do Kwuait que apostou e teve seu sucesso na experiência do consumidor por meio da biofilia.



 

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